A GUERRA E O VENTO
Duas almas inconstantes de dois sonhos distantes
Ela nasceu onde ele nunca imaginou ir,
Ele nasceu onde a vida começa ou termina.
Ela a fúria do vento
Ele as guerras e o tempo.
Ela o fogos dos olhos
Ele a fúria das guerras.
Mas mesmo onde ate o tempo era distante
E tudo os separava
A razão se refratou
E permitiu a união.
Os dois corações já perdidos em desilusões se encontraram para rever suas emoções,
Ela na aurora
Ele no poente.
Onde a sombra foge,
De onde a sombra nasce.
A luz de um onde o outro se Põe.
E o que há de se dizer de almas que perdidas em si estavam
E que por assim estarem se encontraram.
Nos olhos dela ele viu a vida,
Nos olhos dele ela viu a duvidas de um recomeço.
Ambos em si se escondiam
Ambos tinham motivos,
E ambos mesmo que a incoerência disso fosse o que mais alto falava
Eles ouviram o sussurrar de seus corações.
A força que ela traz dos ventos varreu a fúria da guerra que há nele,
E por um breve piscar de olhos do tempo
Eles foram felizes dentro de seus medos.
O CICLO
Agora a chuva troca os ciclos da terra, onde eles se despedem.
Esperamos que a água que os leva os traga de volta em sonhos de realidade.
Ela há de se casar com alguém,
Ele ainda há de vagar pelo tempo.
Mas mesmo o destino será forte o suficiente para controlá-los à distância,
E mesmo a distancia cronológica que os atrapalha será suficientemente distante para deixá-los assim?
Um rio se faz pela força e a paz é apenas um estagio da guerra, ou o inverso disso.
O mesmo vento que alivia o calor pode arrancar uma casa.
E o fogo que arde nos olhos de ambos,
Mesmo de forma diferente,
Completam-se,
A vida se encaixa no que se opõe,
O medo que ela sente é o mesmo que ele tem,
Mas o que resta é a verdade
Que se leva no caminho.
Quem há de dizer que os caminhos feitos pela guerra não podem ser soprados pela
Suavidade da brisa.
Ao longe o canto de Yansã incendeia a alma dele.
Curitiba 21 de Setembro de 2010
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