segunda-feira, 21 de maio de 2012

PARABOLIZAR


            PARABOLIZAR
O que te acende...    Apaga-me
Vozes sopram meu cérebro.
Meu apego às coisas idas,
De palavras que se fundem nas paredes
E entre fumaças se desfazem.

Nada morre em que nada vive,
Ilusões temporais ou temporâneas,
Não sei ao certo dizer-te.

Transfusão energética da fusão atômica
Do desejo na dor.
O sofrer é apenas um estagio do viver.

Lavro-me as mãos em águas e calo-me os olhos,
Aos pés nada necessito.

O tempo é uma invenção errônea do homo-(in)pensantis
E se Deus não existe, tudo há de ser permitido.
Dostoievisk apaziguado.
Arde na memória acesa da pele dos amantes
Eis o fogo eterno... Hades apaixonado em seu próprio inferno.  
Eu em Pessoa não rezo, ouço Suassuna como um passarinho.

Meu coração não precisa ser composto de alguém
Já que solto na simplicidade vazia voa bem mais distante.

Luiz Henrique      21 de maio de 2012




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