PARABOLIZAR
O que te
acende... Apaga-me
Vozes sopram
meu cérebro.
Meu apego às
coisas idas,
De palavras
que se fundem nas paredes
E entre
fumaças se desfazem.
Nada morre
em que nada vive,
Ilusões temporais
ou temporâneas,
Não sei ao
certo dizer-te.
Transfusão energética
da fusão atômica
Do desejo na
dor.
O sofrer é
apenas um estagio do viver.
Lavro-me as mãos
em águas e calo-me os olhos,
Aos pés nada
necessito.
O tempo é
uma invenção errônea do homo-(in)pensantis
E se Deus não
existe, tudo há de ser permitido.
Dostoievisk apaziguado.
Arde na memória
acesa da pele dos amantes
Eis o fogo
eterno... Hades apaixonado em seu próprio inferno.
Eu em Pessoa
não rezo, ouço Suassuna como um passarinho.
Meu coração não
precisa ser composto de alguém
Já que solto
na simplicidade vazia voa bem mais distante.
Luiz
Henrique 21 de maio de 2012
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