segunda-feira, 28 de maio de 2012
sexta-feira, 25 de maio de 2012
quinta-feira, 24 de maio de 2012
VALSA DE AMARGO BATUQUE
VALSA DE AMARGO BATUQUE
“Tu
que da liberdade pós-guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança,
Antes
te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!...”
(Castro Alves
— navio negreiro)
Passos lerdos, arrastados, quase lentos,
um cântico, um acalanto, um castigo,
um canto funeral de um sonho dantesco.
Memória anacrônica entre mitos e lendas
esculpidas da realidade, da poesia e do lamento,
cuspida a toa nas lembranças.
A inocência é amante cega da crueldade
e a intolerância filha bastarda de ambas.
Na tua pele negra sinta a língua inocente da
chibata
Veja o teu sangue cruelmente colorir de vermelho
o chão
e as tuas lágrimas de impotência e horror
humilharem tua Fé.
Grite, e com toda força grite...
Pois estarás vendo a intolerância do sorriso sórdido.
Façamos um paralelo:
Na noite crua
A pele branca solta no ar
A lua desperta a brilhar
E um estalar de açoite queima o ar e rasgar a
carne nua
O sangue que brota da pele branca desenha o
ardor.
Não haverá sorriso, nem celebração.
A música da Morte, a nebulosa,
estranha, imensa música sombria,
passa a tremer pela minh'alma e fria
gela, fica a tremer, maravilhosa ...
Onda nervosa e atroz, onda nervosa,
letes sinistro e torvo da agonia,
recresce a lancinante sinfonia
sobe, numa volúpia dolorosa ...
Sobe, recresce, tumultuando e amarga,
tremenda, absurda, imponderada e larga,
de pavores e trevas alucina ...
E alucinando e em trevas delirando,
como um ópio letal, vertiginando,
os meus nervos, letárgica, fascina ...
estranha, imensa música sombria,
passa a tremer pela minh'alma e fria
gela, fica a tremer, maravilhosa ...
Onda nervosa e atroz, onda nervosa,
letes sinistro e torvo da agonia,
recresce a lancinante sinfonia
sobe, numa volúpia dolorosa ...
Sobe, recresce, tumultuando e amarga,
tremenda, absurda, imponderada e larga,
de pavores e trevas alucina ...
E alucinando e em trevas delirando,
como um ópio letal, vertiginando,
os meus nervos, letárgica, fascina ...
(Cruz e Souza – musica da morte)
A favela e suas senzalas... Errado,
Povos negros despejados do tempo em resistentes
quilombos,
E a casa grande gloriosa continua edificada,
O movimento é estático.
Nossa
covardia escondida em palavras gritadas,
Escritas nos muros noturnos,
Negros a fugirem,
de quê,
de onde, de quem,
a policia de hoje é o capitão do mato aparelhado
sabe muito bem
te responder com sangue.
POVOS NEGROS DESPEJADOS DO TEMPO.
Farfalhar de vozes,
Um estampido surdo,
Silêncio profundo,
Mais uma vala completa.
Há escravidão nos olhos cegos dos mortos,
Cicatrizes que eternamente carregaremos
Dentro da alma dos nossos antepassados.
Se o movimento é estático
Seremos para sempre dentro do contexto social
Uma fotografia em degrade
Abandonada na sincronia perdida da vida... (?)
segunda-feira, 21 de maio de 2012
PARABOLIZAR
PARABOLIZAR
O que te
acende... Apaga-me
Vozes sopram
meu cérebro.
Meu apego às
coisas idas,
De palavras
que se fundem nas paredes
E entre
fumaças se desfazem.
Nada morre
em que nada vive,
Ilusões temporais
ou temporâneas,
Não sei ao
certo dizer-te.
Transfusão energética
da fusão atômica
Do desejo na
dor.
O sofrer é
apenas um estagio do viver.
Lavro-me as mãos
em águas e calo-me os olhos,
Aos pés nada
necessito.
O tempo é
uma invenção errônea do homo-(in)pensantis
E se Deus não
existe, tudo há de ser permitido.
Dostoievisk apaziguado.
Arde na memória
acesa da pele dos amantes
Eis o fogo
eterno... Hades apaixonado em seu próprio inferno.
Eu em Pessoa
não rezo, ouço Suassuna como um passarinho.
Meu coração não
precisa ser composto de alguém
Já que solto
na simplicidade vazia voa bem mais distante.
Luiz
Henrique 21 de maio de 2012
domingo, 20 de maio de 2012
sábado, 19 de maio de 2012
quarta-feira, 16 de maio de 2012
Assinar:
Postagens (Atom)