quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

ANDY WARHOL

Autorretrato do artista pop Andy Warhol (1928-1987) descoberto após décadas nas mãos de um colecionador privado
















AUTO-
-RETRATO
    NÃO
AUTORIZADO
   ATO
RESTRITO
                 NÃO DIMENSIONADO
AUTO ATO A ESMO.
Luiz Henrique

JEAN MICHAEL BASQUIAT


O sol laranja jaz no negro mar da noite
o azul já não é cinza
e a lua surge lasciva 
entre o uivo de um cão
e o silêncio rebelde da rua


... uma leve pausa no pensar...


O sangue ferve nas artérias
e rouba da cor vermelha 
o olhar inexato do artista.

CAMINHAR COM A MÚSICA

O lago sopra o vento
que lento em um pensamento
me tortura.
debruço neste sonho o passado
que a lembrança  não alcança.


Sou astro de uma loucura compassada.


Agora o vento sopra o lago
que largo ignora minha existência.


Na imagem e na ausência
o que já não penso.


Assim as horas são ilusões do tempo
laços desfeitos sem ao menos serem concebidos.



NOSTALGIA

Tenho vastos sentimentos
de infinitos sofrimentos
minha liberdade calejada 
coagulada em uma bebida
eis minha anti-memória
minha vitória sem glória.


espero entre absurdos propositais
o extermínio total da esperança.

CHARLES PARKER II

A música chega ao climax
na vertigem suspensa 
as asas se expandem no som crescente como uma onda.


Passa breve o longo tempo
e de um subto suave a musica acesa
cessa.


As asas recolhem-se lentamente
a separar  o homem do pássaro 
e o pássaro do homem.



CHARLES PARKER

O som leve de um saxofone
como se voasse ao horizonte 
de cores fortes e complexas.

Um homem e um pássaro
em um pássaro homem  de asas livres
na música que baila como Ícaro
em um Deus semi-mortal.

Um homem e um pássaro
perdem-se no íntimo da música.



AUTO-RETRATO

AUTO-
-RETRATO
NÃO
AUTORIZADO
ATO
RESTRITO
NÃO
DIMENSIONADO
ATO
A ESMO.

MISÉRIA

MISÉRIA


Silêncio desnudo
surdo e agudo
um grito mudo
em meio a tudo.


quem mata...(?)
quem fala...(?)
quem cala...(?)

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

VIVER


O que nos vale na vida:
Um
         Sorriso de sol
                                  Em Um desejo astral
                                       De um sonho abissal.

As mãos de um amor a suavizar pelo corpo
                                E fazer arder dentro do coração
                                 um Cavalgar no infinito.

Quimera disposta na razão
 No vácuo que habita entre o ser e o ter.

Vale a pena viver
Pelo sorriso dela que trago impreguinado em mim.

Luiz Henrique                                         

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

A TEMPO

Já faz tempo que perdi você,
Mas ainda sinto você dizer,
 Há tempo para mudar
  E fazer o tempo recomeçar.

Mas o tempo não recomeçou
E você ficou parado nele
Sem tempo pra pensar,
                            E conseguir  me ver mudar...

 Eu te deixei escapar das minhas mãos.

Mas em mim ainda resta uma pergunta,
                                        Será que ainda posso dizer que te amo,
                                        Sem me magoar
                                        Ou te ver chorar.


 Pensar que não consegues mudar,

                                                Ainda sinto doer,
                     Mas eu sei
                     que vai passar. 

Luise Caroline da Silva Wanderley    

Manaus 22 de Janeiro de 2011 

JARDIM BOTÂNICO