quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

FRAGMENTOS DO TEMPO

FRAGMENTOS DO TEMPO
No espelho morno da tua pele
Os pelos despertam ao desejo
E tuas pálpebras vivas movimentam-se lentamente
Como se me devorasse.

O tempo reage
Leio teus seios
                              O tempo se encerra...

Ao longe imagino a realidade
Em uma nuvem que me sopra sorrisos.

Tua língua tateia-me
E teus gemidos
Incendeiam toda a realidade dos relógios expostos.

A despeito disso.
                                O tempo... Que contemplo... Em teu corpo... Meu templo.
Desperto de um raio de sol que te banha de dourado
Tua boca devora-me os beijos.

Sinto-te entre meus dedos o que me suaviza.

À noite meu desejo desloca-se a tua procura, minha boca se sobrepõe a tua, e uma música de sol desperta o dia.
O cheiro do teu corpo torna-me cheio de vida, e apenas um sussurrar escapa-me dos lábios... Teu nome
Que sopro no vento para eternizá-lo no tempo.

A SUAVIDADE DO SER.

À noite meu corpo se deixa levar aos desejos
Mas minha boca recusa outras  que não sejam  teu nome.
O TEMPO PASSA ENTRE OLHARES PERDIDOS.
Apenas meu olhar te toca a pele
E teus pelos despertam.

Acordo, e estais ali inocentemente nua.
Meus pensamentos lambem teu corpo
O tempo desperta-te.
Olhas-me, e tudo se refaz
Somos agora o que nos sobra da realidade
Um abismo cronológico se abre mas o que nos separa é apenas o que as palavras não dizem.

IGNORAMOS O ABISMO E NOSSOS CORPOS SE FUNDEM
ONDE NOSSAS ALMAS SE CONFUNDEM.
Luiz Henrique